segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Deus do céu! Quanto tempo sem postar nada!
Estou fazendo meu TCC, mas, felizmente, a jornada está no fim, logo volto a postar mais!


Bem, dia 11 desse mês (já tem até um tempinho), estava escrevendo algumas coisas da faculdade, com o pc no colo, quando ouvi uma gritaria na rua.  Fui checar o que estava acontecendo: vi estudantes correndo de um lado para o outro. Imaginei uma briguinha típica de adolescentes que disputam algum namoradinho, afinal ouvi mais vozes femininas!
Infelizmente, logo depois de conversar com umas três alunas do colégio, descobri que o ocorrido não havia sido uma briguinha daquelas que depois, (poxa vida) as próprias briguentas saem se consolando quando descobrem que o tal namoradinho não valia nada!. 
Na verdade, o que aconteceu, foi algo que imaginamos praticamente não existir mais entre nós: preconceito deslavado, na "cara dura".




A possível nota seria a seguinte:



Professora diz a aluna que "Preto não pensa" e causa polêmica



Uma professora de inglês (opto por não divulgar nomes), de um colégio da cidade, agrediu verbalmente hoje pela manhã, uma aluna do 2º ano do Ensino Médio dizendo que "-Preto não pensa". Segundo as colegas da estudante, a professora disse a ofensa quando a aluna se dirigiu a ela para reclamar sobre uma nota baixa. Os alunos de todo o colégio uniram-se em favor da garota e começaram a protestar: "Nós utilizamos cartazes que confeccionamos para apresentar ontem em um programa sobre consciência negra e outros colegas ameaçaram jogar pedras e ovos no carro da professora", comentam os alunos revoltados com a situação. A polícia foi contactada, o colégio, até o momento está de portas fechadas e o pai da garota ofendida foi buscá-la no local.”
11.11.2010 


Não acompanhei o desenrolar da história, portanto, não sei o resultado da professora ou da aluna ofendida, sei que vejo os alunos estudando normalmente depois de toda a confusão. 

Haja vista que consegui essas informações com alguns alunos, se são verdadeiras ou não, fato é que, onde há fumaça, há fogo, e mais fato ainda é que indigno-me completamente com esta situação. Se a professora(ou qualquer outro que nutre ideias esteriotipadas sobre a presente questão) criou um conceito prévio a respeito do negro, acho melhor que  procure maiores esclarecimentos sobre racismo, segregação racial, enfim, a UEFS está aí com uma enorme variedade de trabalhos científicos sobre estudos étnicos, e vou te dizer, nenhum diz que "preto não pensa". 

Ser preto, branco, amarelo, pardo e outras variações não é nada, não significa nada, é só mais uma afirmação de que, graças a Deus, somos diferentes, somos originais, cada um com sua cor de pele, seu jeito de ser, seus sentimentos e desejos, medos e anseios, sua beleza (E viva a diferença!).  Ser você mesmo, ser honesto, ser humano, isso sim significa tudo. Que as pessoas saibam o grau de "desumanidade" ao qual se rebaixam no momento em que preconizam seus preconceitos sem maiores esclarecimentos a respeito.



Fotos: Milayne Lanayra
Texto: Milayne Lanayra

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Vamos lá fotografando as mazelas de Feira de Santana. Participe, que é sem partidarismos ou “puxasaquismos”.
Se você quer denunciar alguma coisa, desde que seja em benefício coletivo, manda uma fotografia pra gente, ou então entre em contato que a gente vai lá, fotografa e posta...afinal:
O que falta é inquietude! O que falta é denúncia! Esse é o nosso objetivo: mostrar, inquietar, agir...MUDAR.
Até breve,
Milayne Lanayra e Erick Marques (Equipe SOSfsa!)